quarta-feira, 25 de março de 2015

Guardas são suspeitos de agredir paciente em posto de saúde




Três guardas civis metropolitanos são suspeitos de agredir, na terça-feira (24), um homem que reclamou da demora no atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, em Goiânia. Segundo testemunhas, um dos agentes deu um golpe no pescoço do paciente e o jogou no chão da recepção. Um vídeo mostra agentes levantando o homem, que é levado a uma sala, onde, mais uma vez, é jogado no chão e trancado no local.

Testemunhas relataram que a vítima, cuja identidade não foi revelada, aparentava ter cerca de 60 anos. Ele ficou uma hora dentro da sala na companhia dos guardas e saiu da unidade de saúde em uma ambulância. O homem teve o dente quebrado.

A Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana (GCM) afirmou que exame de corpo de delito feito no Instituto Médico Legal (IML) não apontou nenhuma lesão no paciente. Segundo o subcomandante da corporação, Valdimir Passos, não houve nenhuma falha, a princípio, na atuação dos guardas civis, mas o caso será investigado.

O caso também foi registrado na Polícia Civil, que investiga a atuação dos guardas.

Espera por atendimento
Outros pacientes que estavam na UPA relataram que o homem aguardava atendimento desde a manhã de terça-feira. Ele reclamou algumas vezes de não ser recebido por nenhum médico. Por volta do meio-dia, a recepcionista o informou que o profissional da saúde tinha saído para almoçar e o idoso também deixou o local.

De acordo com testemunhas, o homem voltou à unidade de saúde, esperou mais uma hora para ser atendido e, como não foi, voltou a reclamar. Em seguida, a atendente pediu para que ele falasse mais baixo e chamou um guarda, que o mandou sair da UPA. No entanto, o paciente negou. Foi aí que a suposta agressão começou.

O subcomandante da GCM disse que os guardas apenas contiveram o homem porque ele estava "extremamente nervoso, exaltado e tentou partir para cima dos guardas". "A princípio, o que a gente percebe é somente a contenção dessa pessoa e a condução dele a fim de resguardar a imagem dele e a integridade moral dele", afirmou Passos.

Segundo a GCM, o caso já é apurado e testemunhas também serão ouvidas. "O comando da Guarda Civil Metropolitana já pediu que a Corregedoria entrasse no caso para averiguação porque tem um sistema de monitoramento de câmeras, então vai ser feito todo o levantamento", conclui o subcomandante.




Fonte: G1goias

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