O maior bairro em extensão de Aparecida e um dos maiores da América Latina também sofre com grandes problemas. A afirmação é dos próprios moradores do Jardim Buriti Sereno.
O bairro tem várias demandas e, mesmo tendo recebido alguns benefícios, ainda há muito o que melhorar. Para Eurípedes Porcino, que mora no setor há quase 20 anos, o bairro vive uma situação de decadência por falta de atenção do poder público.
“Está cada vez pior de morar aqui. Não temos segurança. A minha rua não tem asfalto e dificilmente passam uma patrola para diminuir os buracos, que dificultam a passagem de veículos e até mesmo de viaturas”, comenta Eurípedes.
A presidente da Associação de Moradores, Euzani Silva Ferreira, diz que o Buriti Sereno tem várias demandas e ninguém luta pela região.
“Até mesmo a sede da associação de moradores está abandonada. Temos muito pelo que lutar para que o Buriti Sereno fique um bairro bom para morar”, diz Euzani.
O ponto crítico é a falta de segurança, pois o setor tem sofrido muito com assaltos.
Ela conta que a única escola que há no bairro é insuficiente para atender à demanda do ensino fundamental. O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) deveria ter sido entregue em agosto de 2013, mas a obra encontra-se paralisada. Em vez de educação e crianças brincando, o local se tornou criadouro do mosquito da dengue e serve de abrigo para marginais.
Na saúde, o bairro até ficará bem assistido, pois já tem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e em março fica pronta uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). O único receio da líder comunitária é de que essas unidades fiquem superlotadas, já que receberão os pacientes do Cais Garavelo, que será fechado em março.
Euzani comenta que o problema das etapas ainda não asfaltadas causa um grande desconforto para os moradores, que, além de terem de conviver com a poeira e a lama, muitas vezes se sentem ilhados pelos buracos nos locais, verdadeiras crateras.
Além disso, os moradores do Setor Buriti Sereno convivem há anos com uma construção inacabada na esquina da Rua Riachuelo com a Rua Ribeirão Preto. Isso porque logo no início do surgimento do bairro, há cerca de 30 anos, uma igreja conseguiu a doação da área e começou a construção do que seria um centro de convivência da congregação, mas a obra não foi concluída.
“Eles só dão uma maquiada quando a prefeitura tenta reaver a área. Colocam vidros nas janelas, passam cal nas paredes, tudo para falar que estão trabalhando. Mas não tem previsão de alguma coisa mudar e isso atrapalha o desenvolvimento do bairro”, frisa Euzani.
Como a área foi doada pela administração da época, a atual administração, por meio da Secretaria de Projetos e Captação de Recursos, explica que não há muito a se fazer, mas que já acionou a responsável, que é a Convenção das Assembleias de Deus de Campinas, em Goiânia, para a conclusão da obra e utilização do espaço.
Sobre o Cmei, a Secretaria Municipal de Educação informa que a prefeitura está tomando providências para cancelar o contrato com a empresa, que paralisou a obra por motivo de falência. Assim que um novo contrato for assinado, a obra será retomada.
A respeito do asfalto, a Secretaria de Infraestrutura esclarece que a parte do setor que possui água está no cronograma da Seinfra para que seja pavimentado. Quanto às ruas citadas, assim que passar o período chuvoso será feita a manutenção do local para que o serviço não seja perdido.
A Secretaria Municipal de Saúde afirma que a UPA do Buriti Sereno deve ser inaugurada em março. A SMS esclarece que, em virtude do fechamento do Cais Garavelo, até 29 de março, a população daquela região será devidamente atendida na UBS Buriti Sereno, que já está funcionando, e na UPA, que será inaugurada em março.
Fonte: diariodeaparecida
Nenhum comentário:
Postar um comentário