terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Consultórios odontológicos públicos têm mofo e estrutura precária em G



Pacientes e profissionais que atuam nos consultórios odontológicos da rede pública de Goiânia reclamam da falta de condições que as unidades apresentam. Fotos feitas por pessoas que buscam atendimento mostram salas com problemas estruturais, como mofo, infiltrações e rachaduras nas paredes, além de equipamentos sucateados.

Na unidade do Setor São Judas Tadeu não há atendimento há pelo menos um ano. Alguns aparelhos foram atingidos pela chuva e estragaram. Por conta da situação, as dentistas que atendem no local deixam de atender os pacientes por conta do risco de infecções.

“Entrando em contato com a secretaria todos sabiam perfeitamente da questão, mas não se mobilizaram para resolver. A gente fere o código de ética quando a gente atende em uma sala insalubre, porque qualquer risco que a gente expõe o paciente, quem vai se responsabilizar somos nós enquanto profissionais", disse uma profissional que não quis se identificar.

Unidades do Setor Rodoviário e no Bairro Chácara do Governador também tem problemas semelhantes. O presidente do Sindicato Odontólogos de Goiás (Soego), José Augusto Milhomem, disse que é impossível atuar nessas condições. "Não tem como trabalhar. A vigilância [Sanitária] tinha que fechar esses postos, não é papel meu fazer isso. Temos um órgão que regulamenta e fiscaliza a sanidade", afirma.

Segundo ele, atualmente, dos 85 postos que oferecem atendimento odontológico, pelo menos metade não funciona.

Respostas
A coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde, Marty Anne França rebateu o sindicato e disse que apenas 15 unidades têm problemas. "São unidade precárias e antigas, como problemas estruturais. A gestão tem como meta fazer a reconstrução, reforma ou ampliação dessas unidades", avisa.

Marty Anne classificou os problemas como "pontuais" e admitiu que o processo de construção é "moroso", mas espera que até no ano que vem todos os problemas tenham sido resolvidos.

Diretor da Vigilância Sanitária municipal, Geraldo Rosa diz que conta com o auxílio dos próprios profissionais para tentar resolver os problemas. "Estamos fiscalizando e relatando os casos às autoridades para providenciar as reformas necessárias e adequar o estabelecimento ao funcionamento correto", afirmou.

Fonte: G1goiás

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